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Cesta básica tem redução no preço em 11 capitais

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Das 17 localidades pesquisadas, São Paulo apresenta o conjunto de produtos mais caro

Pesquisa de preços do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), identificada pela sigla PNCBA (Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos), estudo contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais feito pelo órgão, mostra que a cesta básica teve queda no preço em 11 capitais em maio se comparado a abril.

Entre as 17 capitais pesquisadas, a diminuição nos valores foi maior em Brasília, com recuo de 1,9%, e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com 1,85%. Na outra ponta, as maiores altas foram registradas em Salvador, na Bahia, com 1,42%, e Curitiba, no Paraná, com 1,41%. O levantamento foi divulgado pelo Dieese nesta terça-feira (6).

Quando o assunto é a carestia no conjunto de alimentos que compõem a cesta básica, São Paulo desponta no ranking de maiores preços, com R$ 791,82. Na segunda posição aparece Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com R$ 781,56. No terceiro posto está Florianópolis, em Santa Catarina, com R$ 765,13, seguida do Rio de Janeiro, com R$ 749,76.

Mãe de quatro filhos, três ainda morando com ela, Michele Martins Rosa, 43 anos, mostra-se indignada com o valor da cesta paulista mesmo com a redução apresentada em 11 das 17 capitais analisadas pelo Dieese. O valor reflete nos alimentos em Santo André, no ABC, Região Metropolitana de São Paulo, cidade na qual ela mora. 

“São Paulo é um dos maiores centros financeiros não só do Brasil como do mundo. É um Estado riquíssimo, com centenas, milhares de indústrias. Que tem colaboração alta para o PIB brasileiro. Como pode ter uma cesta tão cara? O nome já diz tudo: ‘básica’, sem isso não há como sobreviver. E como comprar se não há emprego?”, questiona a moça. De acordo com o último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o desemprego no Brasil chegou a 8,4% em janeiro. 

 “Você vai para o Interior e vê muitas terras improdutivas. Os governos, tanto do Estado quanto o brasileiro, deveriam aproveitar melhor esses espaços ociosos, e criar algum programa de plantio, que pudesse, além de baratear a cesta básica, também criar vagas de emprego. As duas coisas beneficiariam a população”, sugere ela.

Já em se tratando de capitais nas quais o consumidor sentiu menos o peso dos produtos da cesta foram Aracaju, no Sergipe, que apresentou o valor de R$ 553,76; João Pessoa, na Paraíba, com R$ 580,95; e Recife, no Pernambuco, com R$ 587,13.

O custo do conjunto de itens que compõem a cesta básica no acumulado dos cinco primeiros meses de 2023 apresentou aumento em 11 capitais, com destaque para Aracaju, com 6,28%, seguida por Belém, no Pará, com 4,75%, e Salvador, com 4,14%. Em relação às quedas, a maior foi observada em Belo Horizonte, em Mim=nas Gerais, de 4,24%. 

De acordo com o Dieese, o salário mínimo para suprir as despesas de uma família composta por quatro pessoas com, como, por exemplo, alimentação, saúde, educação, higiene, moradia, transporte, previdência e lazer, deveria ser de R$ 6.652,09. Atualmente está em R$ 1.320, cinco vezes menos que o necessário.