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Campinas registra morte suspeita de febre maculosa

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Vítima havia frequentado local suspeito pela infecção e posterior morte de outras três pessoas 

A Secretaria de Saúde de Campinas, no Interior de São Paulo, confirmou a morte de uma adolescente, Erissa Nicole Santana, de 16 anos, com suspeita de febre maculosa. A jovem, que estava internada em hospital particular na cidade, havia sido hospitalizada no último dia 9, e as suspeitas recaiam, além da enfermidade, em leptospirose, meningite e dengue. O material coletado da adolescente estava em análise no Instituto Adolfo Lutz, que confirmou nesta quinta-feira (15) que a adolescente morreu devido à doença.

A jovem havia frequentado um evento com cerca de 3.500 participantes denominado “Feijoada do Rosa”, no dia 27 de maio, na Fazenda Santa Margarida, no distrito de São Joaquim, região Leste de Campinas, do qual participaram outras três pessoas que morreram devido às complicações da febre maculosa. Esse é o local provável das infecções fatais.

Mas o fato de a jovem ter frequentado a festa só foi informado pela família à Vigilância em Saúde nesta terça-feira (13), após ver no noticiário a repercussão de mortes causadas pela doença. “Em razão das confirmações, a ocorrência configura-se como um surto de febre maculosa localizado. O distrito de Joaquim Egídio é mapeado como área de risco para a doença”, informou a secretaria em seu portal.

Em relação às mortes confirmadas em decorrência da doença, o Instituto Adolfo Lutz havia confirmado no último dia 12 a de Mariana Giordano, 28 anos, moradora da Capital Paulista, e também de seu namorado, o piloto de automobilismo Douglas Costa, 42, residente em Jundiaí, no dia 8 de junho, após apresentarem sintomas da enfermidade, como manchas vermelhas pelo corpo, dores e febre. Evelyn Santos, dentista de 28 anos, moradora de Hortolândia, é a outra vítima fatal da doença.

Ainda de acordo com a pasta da saúde do município do Interior, uma série de ações visando a prevenção, com informações e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida e entorno, está sendo tomada pela prefeitura local. Novos eventos no local só poderão ocorrer depois que os donos apresentarem um plano de contingência ambiental e de comunicação.

Com essas ocorrências, sobe para 53 o número de casos confirmados de febre maculosa somente neste ano no País, segundo atualização feita nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Saúde. As oito mortes confirmadas foram todas no Sudeste, seis delas em São Paulo, região que também é recordista no número de casos, com 30. Os outros dois óbitos foram no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. 

CARRAPATO 

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma enfermidade infecciosa que se origina de uma bactéria do gênero Rickettsia transmitida após picada do carrapato da espécie Amblyomma cajennense, comumente chamado de “carrapato-estrela”. “Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade”, informa.

“No Brasil, duas espécies de Rickettsias estão associadas a quadros clínicos: a Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB), é considerada a doença grave, registrada no Norte do Estado do Paraná e nos Estados da região Sudeste; e a Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará -, produzindo quadros clínicos menos graves”, detalha o texto.

O diagnóstico, acrescenta a nota com a explicação, é difícil, principalmente nos primeiros dias da doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com os de outras enfermidades, como, por exemplo, leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, sarampo e pneumonia.

“No entanto, é importante que a pessoa com suspeita da doença procure um médico para avaliação dos sintomas. Durante a consulta, o profissional buscará saber se a pessoa mora em região de mata ou florestas, onde possa ter sido picada por carrapato. O profissional de saúde também solicitará exames para confirmar o diagnóstico”, complementa.

Ainda segundo a pasta, é essencial que seja feito o tratamento adequado da doença para que se evite formas mais graves da enfermidade. Ao sinal dos primeiros sintomas, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência. “O tratamento é feito com antibiótico específico e deve ser iniciado no momento da suspeita. Em determinados casos, pode ser necessária a internação do paciente. A falta ou demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito”, alerta.

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, por meio de nota à imprensa, informa que há “pouquíssimos” registros na Região Metropolitana devido à urbanização da área. Já no Interior do Estado, os registros de casos da doença tiveram início a partir da década de 1980, em Campinas, Piracicaba, Assis, nas regiões mais periféricas da Grande São Paulo e no litoral, porém, em versão mais branda. Informa ainda que Campinas e Piracicaba são atualmente os municípios com maior índice de ocorrências da doença.

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